sexta-feira, 23 de abril de 2010

PRAIA DO PORTO DA BARRA - 2

A bela Praia do Porto

Voltando a nossa bela praia e o mar que a orla, ela é excelente para nadar, mas é preciso fazer uma ressalva. Enquanto é absolutamente segura dentro dos limites da pequena enseada, nas duas pontas há uma perigossíma correnteza quando a maré está de vazante, principalmente na ponta do Forte de Santa Maria. Mesmo os grandes nadadores não conseguem ultrapassá-la. Carrega rapidamente qualquer pessoa para fora. Igualmente perigoso é nadar após 70 metros a 100 metros da praia, pois já nessa distância a correnteza se torna fortíssima. Quando a maré está de enchente o que pode parecer irônico, a correnteza ao inverter o seu sentido, de fora da barra para dentro, torna-se “menos” perigosa, porque joga a pessoa para dentro da baía.

O cais que contorna toda a praia do Porto têm a mesma balaustrada que vimos na chamada Praia do Meio ou Praia Atrás do Farol ou ainda Praia da B. Queriam substituí-la por algo mais baixo a fim de melhorar a visão. Felizmente, na recente reforma feita na área, ela foi mantida.

Claro que, técnicamente e fisicamente isto pode acontecer, mas iria para o espaço toda uma tradição de um pedaço que sempre foi assim há séculos. Os pretendentes dessa agressão são os mesmos que deixaram o Porto da Barra se transformar numa mixordia urbana de dar dó. Claro que estamos nos referindo à parte estrutural urbana do trecho. Antigamente a rua era ornada por belas residências como algumas que ainda conseguimos encontrar.

Antigas residências- Uma delas se esconde entre as árvores; a outra já foi prejudicada na parte térrea com 3 portas de aço pintadas de muito azul, nada combinando com o restante do prédio. Aliás não seria para menos: em baixo existe uma determinada finalidade comercial; em cima, ainda se reside.
Essas já eram. A da esquina construiu um pombal na parte superior. As cores também chamam a atenção. Nada discretas! O dono, sem dúvida, é torcedor do Boca! Aliás, nesse pedaço, o que tem de argentino é impressionante.

Observatório argentino!


Rua do Porto ? Não! Av. 7 de setembro!


A mesma rua vista de outro ângulo


Nesse pedaço de rua que não deve ter mais do que 300 metros, proliferam dezenas de pequenos hotéis e pousadas com uma estrela de qualidade, segundo classificações oficiais. Em compensação, nas duas extremidades da mesma, uma delimitada pela Rua Barão de Itapoâ e a outra pela Av. Princeza Izabel existe três bons hotéis, classificação quatro estrelas:
Hotel Mar e Sol

Hotel Praia Mar

E quase encostado ao Forte Santa Maria se acha mais um hotel, aliás, o primeiro deles.


Hotel da Barra
Detalhe: ao fundo a torre da Igreja de Santo Antônio da Barra


Instituto Mauá


Acima, o Instituto Mauá parede com o Hotel da Barra. É a instituição responsável pela política de fomento e preservação do artesanato da Bahia. Seu nome completo é “Instituto de Artesanato Visconde de Mauá” e é uma autarquia fundada em 1939. Tem como principal objetivo incrementar a produção do artesanato em núcleos de produção, associações e cooperativas, estimulando a qualificação dos artesãos, resgatando e preservando as raízes culturais baianas. Esses são os principais objetivos do Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, em Salvador, que há mais de 60 anos trabalha em prol da cultura no estado. Excelente e aí está uma das razões do progresso comercial e artístico do artesanato da Bahia em todos os níveis.

Como se viu, o Porto tem os mesmos problemas urbanísticos da Avenida Oceânica. Não se pode construir nada acima do gabarito estabelecido que, ao tudo indica, é de quatro andares. Conseqüentemente, ninguém compra porque não compensa e ninguém vende, aguardando a liberação do gabarito. Enquanto isto, os atuais proprietários vão fazendo as modificações que querem e ai vão sendo destruídas belas residências que existiam no local. Não sabemos se existe uma legislação que regule esse assunto. Deveria existir! Poder-se-ia fazer modificações, porém dentro de um determinado padrão de qualidade. É o que acontece nos novos condomínios. Não se pode construir nada fora de um padrão estabelecido.

A praia do Porto, ou simplesmente Porto como era chamado antigamente, têm essa denominação, por que aqui aportavam as naus portuguesas para abastecimento da cidade que estava começando com mercadorias vindas da Europa e das Índias, como também receber mantimentos como gêneros alimentícios e água que se esgotavam nas grandes viagens.

A enseada do Porto é um ancoradouro absolutamente seguro e profundo. Há dois metros da praia, a profundidade já é muito boa para aproximação de uma embarcação.







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