quinta-feira, 15 de abril de 2010

PRAIA DO FAROL - 1

DE VILA PEREIRA À VILA CATAHARINO
À esquerda do Morro do Cristo, descortinamos a belíssima Praia do Farol. É uma das mais concorridas de Salvador. Tem como característica uma faixa de recifes que lhe protege em cerca de 60% de sua extensão. Esses recifes começam altos na Ponta do Padrão, como era conhecida a formação rochosa onde hoje se acha localizado o Forte de Santo Antônio da Barra e seu famoso farol, e se estende até proximidades do Morro do Cristo, onde se afina. Nessa parte o mar age livremente formando grandes arrebentações, bem aproveitadas pela turma do surf. São cerca de 550 metros de recifes e 300 metros de praia aberta.

Praia do Farol

Anoitecendo na praia

Já de noite

A parte mais frequentada da praia é, naturalmente, aquela protegida pelos recifes. Na maré baixa, formam-se diversas piscinas naturais, ótimas para nadar. Excelente para crianças.
Também nessa área, na base do morro, ficam localizadas meia dúzia de barracas de praia, muito bem situadas. Elas não prejudicam a visibilidade da praia nem compromete nenhuma faixa do mar. Essas barracas, se melhoradas em termo de estrutura e se mantido o seu número, proporcionará ao local extrema qualidade de lazer.

Piscinas naturais


Barracas de praia

Ainda de relação a essa questão de serviços comerciais na praia, existe um projeto de um determinado arquiteto que é de uma anomalia gigantesca. Ele propõe alargar o passeio, projetando uma laje sobre a praia. No espaço criado em baixo dessa laje seriam abertos dezenas de bares e afins.
É uma idéia monstruosa. Vai provocar sombreamento, lógico, e quando esses bares forem instalados, virão as famosas cadeiras e mesas das empresas de bebidas, tomando a praia para elas.

Outro projeto anômalo é o que propunha a demolição de toda a balaustrada que contorna essa praia e a do Porto. Ela seria substituída por um “traço” de granito, igualzinho ao se fez criminosamente na Ponta do Humaitá em Monte Serrat.

Duas são as alegações apresentadas para a substituição e são uma graça. Primeira delas, uma balaustrada mais baixa irá proporcionar melhor visão da praia e do mar. A segunda é de órdem financeira ou econômica. “As colunas se quebram facilmente e a sua reposição custa muito caro”.

Em meio a essa discursão, a Prefeitura manteve a balaustrada e modificou o passeio, antes calçado com pedras portuguesas.

Balaustrada da Praia do Farol

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