quarta-feira, 14 de abril de 2010

PRAIA DAS PEDRAS

DE VILA PEREIRA À VILA CATHARINO


Quem está no Morro do Cristo tem uma visão maravilhosa de grande parte da Barra. Ao seu lado direito, estando a pessoa com a frente voltada para a avenida, temos a nossa Praia das Pedras ou Praia do Morro do Gato, desde que em frente a este morro.

Praia das Pedras
Insistimos tanto que este local seria a Praia das Pedras, no entanto, na foto acima quase só se vê mar. É que a maré estava cheia no momento da foto. É um local bonito!

Apesar de todas as agruras pedregosas, alguém está pensando em aproveitar esta área. Trata-se do arquiteto Alexandre Prisco Paraíso Barreto. Ele tem o seguinte projeto de conhecimento publico, desde que publicado na internet.


Estruturas monumentais

Vendo essas fotos, ficamos a imaginar quando um projeto desse natureza seria aprovado e concluído. Conhecendo a nossa terra como conhecemos, pela longa vivência com ela, diríamos que a depender dos poderes públicos, as esperanças são remotíssimas. Já a iniciativa privada poderia topar essa parada como vem fazendo em diversas partes do mundo. Claro que o projeto força, digamos assim, a construção de novos hotéis na área e esses hotéis seriam os financiadores da grande idéia. Isso foi feito nos Emirados Árabes com um hotel em forma de vela de iate e o conjunto lembrando um próprio iate.
Nos Emirados Árabes

Em Nova York

Obras como essas é que atraem turistas como aconteceu também em Bibau na Espanha com seu Museu Guggenheim ou em Sidney na Austrália.

O projeto do arquiteto baiano tem a mesma qualidade dos que nos lembramos e acabamos de nos referir.

Mas, como dizíamos, é muito difícil a sua concretização numa cidade que só há poucos anos percebeu a sua imensa inclinação turística ou falta recursos para concretizá-la. Percebe-se esse último aspécto com o projeto das “barracas de praia”. Já se foram vários verões e não se resolve o impasse entre órgãos do governo. Nota-se também a falta de imaginação dos governantes para um embelezamento maior da nossa orla em muitos sentidos. Um deles é patético: “a nossa orla já é bela de natureza” e só precisa de certos cuidados”. Com base nesse pensamento, nada se faz para melhorá-la em termos de estrutura arquitetônica e urbana. Percebe-se a falta de um plano diretor para a nossa orla. Aliás, nesse sentido, vejamos o que disse o presidente do IAB-Ba, Sr. Paulo Ormindo de Azevedo:


"Não vejo nenhum projeto consistente, seja do Governo Estadual, seja dos municípios da Região Metropolitana de Salvador sobre a orla atlântica. As ações que estão sendo implementadas ou anunciadas – melhorias de calçadas e novas barracas – são puramente cosméticas. Os verdadeiros problemas da orla atlântica estão relacionados com o uso do solo e falta de infra-estrutura. Não há nenhuma política definida com relação à orla ou miolo, que lhe fica atrás como um todo. Desde a década de 70 a cidade não tem nenhum plano. Estas ações paliativas resultam, a meu ver, da falta de um plano de prioridades”.

São absolutmente contundentes as palavras acima e não é necessário acrescentar mais nada.

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