quinta-feira, 22 de abril de 2010

OS NOVOS PASSEIOS DA BARRA

DE VILA PEREIRA Á VILA CATHARINO
Antigo calçadão
De passagem, quando falávamos da extinta amendoeira inclinada para o mar, citamos que a sua eliminação fez parte das melhorias que a Barra passou no ano de 2008 e a outra foi o calçadão. Acima, vemos o antigo passeio em pedra portuguesa. Sumamente estreito e ainda pilares na sua extremidade, diminuindo ainda mais o espaço. Em baixo, o novo calcadão em cimento e granito e com muito mais largura. Somos muito mais favoráveis à segunda opção
O novo calçadão


Numa visão mais ampla incluindo a balaustrada

A decisão de mudança não foi fácil. Gerou uma polêmica envolvendo Prefeitura, Iphan, Ipac, ACVS, Associação de Moradores e Amigos da Barra, pessoal do cooper, (povo) imprensa de um modo geral, etc. etc.

Uns se mostraram favoráveis à manutenção das pedras portuguesas. Argumentavam que as tais pedras portuguesas têm flexibilidade de montagem e de composição plástica. Argumentavam ainda que o novo visual em concreto lavado na cor natural com acabamento de granito vermelho, iria descaracterizar o patrimônio cultural local (!)

Outros, favoráveis à substituição como o pessoal das Fundação Mario Leal Ferreira, responsável pela elaboração do projeto de revitalização, argumentava que ele busca oferecer uma pavimentação confortável, desde que as pedras portuguesas eram prejudiciais, por se desagregar facilmente.
O pessoal do Cooper dizia que a mudança trouxe “mais qualidade de vida ao bairro”. “A Barra ficou mais bonita de ser vista”. “Esteticamente, prefiro esse piso”. “Muito bom, pois muitas pessoas tinham deixado de fazer caminhada na orla por causa dos altos e baixos do piso de pedras portuguesas. O atual piso deu mais segurança para as caminhadas".

A decisão final foi dada pelo Iphan: “ a área da Barra não é tombada. Apenas os seus monumentos o são. Não entendemos que a intervenção agride a visão dos monumentos”

A grande verdade é que realmente, essa área de circulação tem sido sumamente usada pelos fazedores de Cooper e sem dúvida que as pedras portuguesas constantemente se desprendiam e formavam centenas de buracos e esses buracos ocasionaram muitas quedas. Nós próprios já sofremos uma por pisar em falso numa depressão. Quando as pedras se soltam, a “turma da destruição”, desde meninos até adultos, costumavam jogar essas pedras ao mar. Um dos lugares de arremesso de pedras ao mar mais atraente é o Morro do Cristo. O piso em torno da imagem é todo em pedra portuguesa. Pois bem! Não fica uma pra contar a história. Ali o arremesso ganha ares mais espetaculares devido à altura. É o que vinha acontecendo na Barra, com menor espetaculosidade, mas com maior freqüência. Felizmente, não há nas proximidades um pé de mangueira ou de cajá, porque nestes casos, não ficaria uma pedra sequer. As mangas e cajás seriam mais importantes!

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