domingo, 25 de abril de 2010

LADEIRA DA BARRA - 2

DE VILA PEREIRA Á VILA CATHARINO
Aliás, o acesso à Barra foi sempre uma preocupação dos governos em todos os tempos. Na época do então Secretário de Obras Públicas do Governo da Bahia, Tarcisio Vieira de Melo, pensou-se em algo revolucionário para os padrões de iniciativa dos nossos governantes, quando se estava projetando a Avenida do Contorno da Cidade. Como o próprio nome está a dizer “contorno da cidade”, esta avenida sairia do Comércio e ia até a Barra, fazendo uma terceira ligação com a parte leste da cidade, propiciando uma extensão maravilhosa de nossa cidade. Após a Preguiça ela serpentearia pelas bordas do maciço montanhoso do Unhão e alcançaria a Barra.

Seria um espetáculo urbanístico de primeiro mundo!

Aí as chamadas “forças invisíveis” a que se referia o então presidente Janio Quadros, intervieram com toda a sua potência. No caso, entretanto, as tais “forças invisíveis” não eram assim tão imateriais que não se conhecessem suas origens e intenções. O setor imobiliário estaria perdendo o grande filé das mansões do Corredor da Vitória que já estavam sendo compradas e demolidas para construção dos prédios com seus periféricos, alcançando justamente as bordas do maciço do Unhão, onde a avenida iria passar.

Ai meteram o Yacht Clube no meio para sensibilizar a opinião pública, como se a avenida fosse acabar com o grande clube.

Nada disto! Nas proximidades do clube, seria feito um túnel que desembocaria no hoje Parque Clemente Mareiani, àquela época ainda em desenvolvimento.


Em traço verde a atual Avenida do Contorno no trecho que foi desviada. Em seguida, ela prosseguiria pelo Unhão - traço azul. Na altura do Yacht se faria um tunel que alcançaria o Parque Clemente Mariani, passando por baixo da Ladeira da Barra - traço vermelho.

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