quarta-feira, 5 de maio de 2010

CORREDOR DA VITÓRIA - 3

DE VILA PEREIRA Á VILA CATHARINO


Alguns prédios no Corredor da Vitória mantiveram as casas que ocupavam ou ocupam esta belíssima via. Construíram seus arranha-céus atrás delas.
Boas intenções na preservação do antigo ou foram obrigados a agir dessa maneira?
Ao que tudo indica, parece que foram obrigados por força do tombamento que essas mansões tiveram a partir de determinada época – parece que ao mesmo tempo do tombamento definitivo da Igreja da Vitória ocorrido em 2007. Verdade que a área já tinha um tombamento provisório o qual, segundo os entendidos, têm o mesmo efeito do definitivo, mas quando a coisa é assim um tanto vaga, sempre encontram uma brecha para “driblar” a situação. Foi o caso da Mansão Wildberger no Largo da Vitória, já tratada com detalhes em postagem anterior.

Em assim sendo, três ou quatro grandes prédios localizados no Corredor da Vitória e um no Campo Grande, foram forçados a manter as residências originais à sua frente ou ao seu lado e, por essas coisas da vida, tornaram-se ainda mais charmosos e teve gente que considerou a idéia como inovadora, o que é uma inverdade, desde que foram forçados a tal.

Estranha-se até como conseguiram o feito, desde que a lei tem umas variações interpretativas que, ao rigor da texto, não daria condições de se erguer qualquer coisa em torno das velhas e vitoriosas mansões. Diz a própria: “não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construções que lhe impeça a visibilidade”.

Ora, ora! Será que não se tirou a visibilidade das velhas mansões? A visão do mar, por exemplo? Ou dos jardins e pomares em torno? Mas as mansões não eram voltadas para o Corredor? Eram! Mas seus moradores não tinham o direito de ir até os fundos e apreciar o mar ali em baixo? Claro que tinham! E colher uma fruta no quintal que se debruçava no penhasco? Mais ainda! Mas, deixemos para lá, desde que nada mais se modificará, restando-nos apreciar como a coisa ficou hoje em dia.
Antes, contudo, achamos interessante o que escreveu determinada pessoa em seu blog: “Tem vários casarões antigos, mas cada vez em menos quantidade e cada vez mais abandonados. Antigamente devia ser muito mais bonito. Assisti um filme num festival de cinema GLBTT, e alguém falou que existia uma praia lá, chamada Shangri-la, antes da putaria dos prédios de luxo. Lá é assim mesmo, a especulação imobiliária é cruel. Deve ser o metro quadrado mais caro de Salvador. É uma avenida que faz margem com o começo da Bahia de Todos os Santos, mas só se vê o mar quando os vãos dos prédios permitem, e são vários, todos brilhando de novos, todos a beira mar e todos com piers para barcos e teleféricos… um lixo.”

Extraordinários!
De diversos ângulos, vejamos como ficou o local:










A frente da rua é apenas isto, visto acima. As árvores se curvam umas com as outras como que escondendo o que se fez após os passeios. Se voltarmos à foto que abriu esse blog, não se acredita que é a mesma rua. Vejamo-na:



Como era antigamente! Dá para acreditar?





Nenhum comentário:

Postar um comentário