quinta-feira, 13 de maio de 2010

AV. PRINCEZA LEOPOLDINA- AINDA GRAÇA

DE VILA PEREIRA À VILA CATHARINO

Cronologicamente, quando em nosso percurso nos dirigíamos até o Largo da Graça vindo da Vitória, teríamos que virar à direita se quisesse seguir um determinado plano de percurso. No caso, teríamos que ter tomado a Avenida Princesa Leopoldina que começa no largo e vai até esquina com a Avenida Princesa Izabel onde, de um lado está hoje a Perini e foi antes sede principal do Clube Baiano de Tênis e do outro, o Hospital Espanhol. Verdade que a Princesa Leopoldina dá continuidade até a balaustrada que limita o bairro da Graça ao bairro do Chame, Rua Dr. José Serafim.

Em vez desse percurso natural, preferimos seguir em frente pela Rua Euclides da Cunha para focar o Estádio da Graça, ali construído em 1920 numa das áreas mais sofisticadas de Salvador daqueles tempos e de hoje. Tem muita gente que não compreende por que ali se fez um campo de futebol!

Mas a área era assim tão sofisticada? Não era! A sofisticação terminava no largo e virava à direita pela Princesa Leopoldina, como já se disse. Em frente, pela hoje Euclides da Cunha, era somente chácaras e mais chácaras, inclusive aquela que foi vendida pela família Rego para a construção do estádio de futebol.

Puro mato! Mato este que se estendia à esquerda até o Vale do Canela, que também era mato. Não existiam as atuais avenidas de acesso e as faculdades que hoje abrilhantam o local.

À direita da Euclides da Cunha, aos fundos das construções ali existentes, também eram encostas verdejantes que se derramavam lá embaixo nas fazendas do vale do Chame-Chame.

Vamos aprofundar mais ainda a questão, afirmando que à direita da própria Rua da Graça, eram também encostas igualmente verdejantes. Começava com os quintais e pomares das mansões ali existentes e escorria para os lados da “baixada dos Clementes” a começar, como já vimos, pela Ladeira da Barra.

Da mesma forma que na Euclides da Cunha, a esquerda da Rua da Graça, atrás das mansões, ficavam igualmente seus quintais e pomares e em seguida, a descida verde de uma encosta até juntar com o Vale do Canela.

Representação do que foi dito acima
Naturalmente o que se pretende com o trabalho acima, é dar uma idéia do que se falou.
Na Avenida Princesa Leopoldina rigorosamente só sobrou duas mansões das muitas que existiram no local:

Esta que se esconde!

E esta. Pertencente à família Soares da Cunha
Os Soares da Cunha são pioneiros na Medicina Homeopática, das boas. Tem lojas em alguns pontos da cidade.


Mas, a gente descobre!



Os edifícios avançam no local!


Quase ao final da Avenida Princesa Leopoldina, esquina com a Avenida Princesa Izabel se encontra hoje a melhor delicatessen da cidade, a Perini, com uma estrutura realmente impressionante.

Perini


Ainda a Perini
Numa negociação com o Clube Baiano de Tênis, o grupo ocupou um espaço de 4.300 m2, onde funcionava a sede do grande clube da Barra Avenida. Barra Avenida? Princesa Leopoldina não é Graça? Sim, mas em verdade, o Baiano sempre foi considerado como sendo o clube da Barra Avenida. Nunca ouvimos sendo chamado o clube da Graça. A confusão, entretanto, é geral. Em pesquisas feitas, encontramos os seguintes endereços: Rua Leopoldina, s/n – 8 de dezembro 525, Graça – Rua Leopoldina 35, Barra Avenida; esquina da Princesa Leopoldina com Princesa Izabel. Em quem acreditar?
Enquanto se fazia este blog, veio a notícia que a Perini acaba de ser vendida a um grupo chileno que já atua em Salvador. É o fim de mais uma hierarquia tradicional! Dessa feita a dos Faro, como um dia foi do Paes Mendonça. Como antes tinha sido dos Bouzas, Paradela, Cintra. E a vida continua.






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