DE VILA PEREIRA Á VILA CATHARINO
De certo modo, causou alguma surpresa a clarabóia mostrada em uma de nossas postagens do Edifício Oceania na Barra. Não temos conhecimento de que teria sido vista em qualquer tempo ou oportunidade. Só se fazia referência e destaque ao próprio edifício no seu conjunto maravilhoso. Eis o grande edifício, mais uma vez:
De certo modo, causou alguma surpresa a clarabóia mostrada em uma de nossas postagens do Edifício Oceania na Barra. Não temos conhecimento de que teria sido vista em qualquer tempo ou oportunidade. Só se fazia referência e destaque ao próprio edifício no seu conjunto maravilhoso. Eis o grande edifício, mais uma vez:
Naqueles tempos (décadas de 1930/1940) era muito comum a construção de edifícios com este recurso arquetetônico. Permitia a entrada de luz para as partes internas do edifício. È a chamada iluminação Zenital, ou seja, porção de luz natural que entra pela parte superior do prédio, iluminando os espaços internos.
Mas não é só o Edificio Oceania que tem clarabóia, agora “denunciada”. Em Salvador existe diversos prédios que foram construídos com esse equipamento. É o caso, por exemplo, do Palácio Rio Branco, na Praça Municipal.
Palácio Rio Branco
Sua clarabóia, aliás, suas clarabóias (são duas) – É o prédio com telhas alaranjadasMas, de junto tem outro prédio que possui uma clarabóia! Suas telhas são mais alvas! Trata-se de um magnífico edifício na primeira esquina da Rua Chile. De um lado o palácio e do outro, a antiga Prefeitura, ou melhor, a verdadeira Prefeitura, desde que o prédio que construíram após a demolição da Biblioteca Pública e da Imprensa Oficial é mais uma brincadeira arquitetônica do que propriamente um edifício público. Precocuparam-se em fazer um belvedere e esqueceram da harmonia arquitetônica do local. Bem em frente, temos o magnífico palácio Rio Branco: à esquerda a antiga Prefeitura com seu prédio do século XVIII e à direita o tradicional Elevador Lacerda. Numa das laterais da nova Prefeitura corre a Rua da Misericórdia e sua tradicional igreja, até com calçamento à moda antiga, de paralepípedo. Expuseram até os trilhos dos antigos bondes.
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A nova Prefeitura
Vejamos um interessante depoimento sobre esse edifício. É de um internauta: Hamilton Vigas:
"Eu gostaria de saber de quem foi a ideia de construir na Praça Municipal,no antigo local da Biblioteca Pública, aquela obra que constrata terrivelmente com a arquitetura neoclássica, tão bonita que pernonifica[sic] nossa história.
Este famoso prédio desconcertante é sede da Prefeitura do Salvador. Pois este órgão deveria construir um novo, lá pela Av. Paralela, e devolver, pelo menos, um patamar no qual poderia estar instalado um chafariz antigo da época, já que é impossível reconstruir a nossa velha BP. Com isto a Igreja da Misericódia seria descoberta e complementaria um quadro deslumbrante da nossa Salvador Antiga. Que podemos fazer? Aceito sugestões."
Em atenção ao amigo, informamos que a autoria do projeto é do Escritório do Arquiteto João Filgueiras Lima, datado de 1986.
Mas a coisa é tão séria que já há no Ministério público uma ação à favor da demolição do referido prédio. Eis parte de seu conteudo:
"Em sentença de 10 de setembro de 2004, o juiz federal substituto da sétima vara do Estado da Bahia, em exercício da titularidade, seguindo um extenso documento em que relata, fundamenta e decide, julga procedente a ação proposta pelo Ministério Público e condena a remover ou demolir o Palácio Tomé de Souza situado na Praça Municipal de Salvador.
A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal “em defesa de interesses difusos referentes ao patrimônio histórico e cultural da Nação” alegando que a obra feriria o conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico da Cidade que se constitui em “acervo de inquestionável representatividade no contexto do patrimônio histórico nacional, eis que preserva fatos ligados à História do Brasil” (2).
A argumentação do Ministério Público continua alegando que a edificação se situa em lugar que é objeto de tombamento coletivo, comprometendo “toda a originalidade, autenticidade ambiental e estética do conjunto arquitetônico tombado pelo Poder Público Federal, contrastando com a arquitetura original do lugar onde se situa, ademais da Igreja e Santa Casa da Misericórdia, o Palácio Rio Branco e o elevador Lacerda” (3).
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A nova Prefeitura
Vejamos um interessante depoimento sobre esse edifício. É de um internauta: Hamilton Vigas:
"Eu gostaria de saber de quem foi a ideia de construir na Praça Municipal,no antigo local da Biblioteca Pública, aquela obra que constrata terrivelmente com a arquitetura neoclássica, tão bonita que pernonifica[sic] nossa história.
Este famoso prédio desconcertante é sede da Prefeitura do Salvador. Pois este órgão deveria construir um novo, lá pela Av. Paralela, e devolver, pelo menos, um patamar no qual poderia estar instalado um chafariz antigo da época, já que é impossível reconstruir a nossa velha BP. Com isto a Igreja da Misericódia seria descoberta e complementaria um quadro deslumbrante da nossa Salvador Antiga. Que podemos fazer? Aceito sugestões."
Em atenção ao amigo, informamos que a autoria do projeto é do Escritório do Arquiteto João Filgueiras Lima, datado de 1986.
Mas a coisa é tão séria que já há no Ministério público uma ação à favor da demolição do referido prédio. Eis parte de seu conteudo:
"Em sentença de 10 de setembro de 2004, o juiz federal substituto da sétima vara do Estado da Bahia, em exercício da titularidade, seguindo um extenso documento em que relata, fundamenta e decide, julga procedente a ação proposta pelo Ministério Público e condena a remover ou demolir o Palácio Tomé de Souza situado na Praça Municipal de Salvador.
A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal “em defesa de interesses difusos referentes ao patrimônio histórico e cultural da Nação” alegando que a obra feriria o conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico da Cidade que se constitui em “acervo de inquestionável representatividade no contexto do patrimônio histórico nacional, eis que preserva fatos ligados à História do Brasil” (2).
A argumentação do Ministério Público continua alegando que a edificação se situa em lugar que é objeto de tombamento coletivo, comprometendo “toda a originalidade, autenticidade ambiental e estética do conjunto arquitetônico tombado pelo Poder Público Federal, contrastando com a arquitetura original do lugar onde se situa, ademais da Igreja e Santa Casa da Misericórdia, o Palácio Rio Branco e o elevador Lacerda” (3).
Outro prédio famoso de Salvador que tem clarabóia e que clarabóia, é a Casa Pia de São Joaquim, na Àgua de Meninos.
Clarabóia da Casa Pia de São Joaquim
Casa Pia de São Joaquim – Igreja e ConventoDe passagem, diga-se que, em todo o mundo, as clarabóias faziam sucesso. Vejamos um belíssimo exemplo:
Palácio de Cristal- Abrigou a primeira Internacional da Industria, Comércio e das Artes1850 – 1851
Palácio de Cristal – InglaterraFato curiosíssimo é a autoria do projeto dessa extraordinária estrutura. Pertence a Joseph Paxton. Grande arquiteto? Excepcional engenheiro? Nada disto! O homem era jardineiro e construtor de estufas.
Baseou-se o genial Joseph Paxton na estrutura das nenúfares, nada mais nada menos, que a nossa conhecidíssima vitória-régia de rara e grande beleza.
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Mas não se pense ou não se diga que as clarabóias foram esquecidas e se restringem às coisas do passado. Em absoluto! Elas retornam com toda a magnitude, naturalmente abrilhantadas com os recursos da moderna arquitetura, refletindo as novas tendências dessa área.
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